A historia da família fictícia que nos dá a impressão que
realmente existiu.
Autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens |
Porém o que fascina em O Poderoso Chefão é a historia. Para uns o filme mostra a personalização do mal romantizado, para outros o exemplo de que algumas vezes para se sobreviver neste mundo, burlar as regras do jogo é a única regra; mas tudo tem um preço.
Baseado no livro homônimo escrito por Mario Puzo conta a historia dos Corleones, que nos leva a ver as raízes de uma família que luta com todas as armas para se manter digna mesmo diante da indignidade; e que tem como pano de fundo as origens da máfia italiana em uma Nova York repleta de pobreza e de sonhos de uma América romântica e violenta.
Don Vito Corleone no filme de 1972 é o chefe da poderosa família Corleone que tem vários parceiros no mundo obscuro dos mercados informais que na época rendiam milhões de dólares aos ‘Don’, como eram chamados os pais de família mafiosas que dominavam os Estados Unidos .
Na verdade Don Vito é um anti-herói, pois resolve as coisas complicadas do bairro ou com dinheiro ou com pancada e até com tiros, ou seja, seu império foi feito pelo medo e pelos códigos de honra que só quem tinha juízo perfeito é quem seguia, os mais ousados geralmente eram mortos ou comprados a preço de ouro, tudo depende da importância que a pessoa tinha nos negócios.
E do bairro a cidade e da cidade ao país, os Corleone se tornaram um império, um império mafioso com ramificações em varias áreas da sociedade americana.
Uma curiosidade é que Francis Ford Coppola e Mario Puzo, autores do roteiro do filme, evitaram a todo custo utilizar a palavra "máfia" nos diálogos dos personagens. Mas o filme apresenta a máfia em todos os seus nuances, isso é mostrado escancaradamente pra quem quer ver.
Mas falar da máfia sempre teve problemas na indústria americana de cinema, pois os italianos sempre investiram em cinema desde seus primórdios, e as famílias reais, ou seja, os mafiosos de verdade sempre patrocinaram artistas e produções que falavam da Itália e de sua cultura, e os produtores queria essa fatia do dinheiro, pois no início dos anos 70 o cinema americano não estava lá bem das pernas e investidores eram raros, mas os descendentes de italianos tinham dinheiro e muito, mas não gostavam da maneira como os roteiros de filmes tratavam a máfia; os produtores sabiam disso e queriam a todo custo fazer com que o filme O Poderoso Chefão fosse um clássico e não mais um filme de máfia, um filme policial meramente.
É tanto que os executivos do filme queriam a todo custo um diretor italiano, pois já aviam feitos filmes sobre a máfia com diretores americanos e o dinheiro não chegava, a ponto de a Paramont Pictures procurar a todo custo um diretor que agradassem investidores italianos e chegaram a Coppola.
A chegada do diretor Francis Ford Coppola não foi fácil à produção, ele se deu bem com o autor, mas os executivos do estúdio não gostaram da metodologia de Coppola e tentaram a todo custo atrapalhar as gravações, mas como bons italianos, os dois Mario Puzo e Coppola, fizeram o filme como quiseram, contratando atores e toda equipe; e isso é a beleza de O Poderoso Chefão, é quase um filme independente feito em um grande estúdio.
O resultado está eternizado em uma trilogia que agrada até hoje, as novas gerações ficam impressionadas com a tamanha ousadia da historia, e como pode ter sido filmada e até ser ganhadora de tantos prêmios, realmente um feito que será difícil ser repetido.
A saga dos Corleone pode ser vista em um pacote contendo os 3 filmes e curiosidades das filmagens em Blue Ray e DVD´s de luxo dignos de sua grandeza a venda nas lojas de departamento ou para quem TV por assinatura acompanhar pelo Tele Cine Cult a sua reprise até o fim deste mês.
Mais detalhes entrem em http://www.thegodfather.com/
É isso aí galera,
Fabio Del Porto.
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