Imagem: divulgação - Fox Filme do Brasil |
Em 2001 foi relançada a franquia de sucesso Planeta dos Macacos, que sempre causou admiração por parte do publico, pois trata de mudar os rumos do planeta terra de maneira drástica e por em cheque, o foco do que é o espirito da evolução. Sem entregar o jogo, Planeta dos Macacos mostra que tudo evolui, basta uma direção e inteligência aplicada.
Desde que o escritor Pierre Boulle lançou em 1963 o livro La planète des singes, como uma critica social, ninguém imaginária que alguns anos depois Hollywood se entregaria aos mistérios da historia de tal forma que o filme Planeta dos Macacos de 1968 com o ator Charlton Heston, virou a semente de continuações cinematográficas nos anos 70, de seriado de TV e desenho animado e até historia em quadrinho, sempre com grande sucesso e elogios de critica, de forma espetacular, deixando o publico encantado pela trama e os produtores realizados comercialmente e artisticamente.
A franquia Planeta dos Macacos virou cult nos anos 80 e 90, sendo reprisado varias vezes nas tv mundo a fora, relançado em VHS e DVD uma dezena de vezes, mas os fãs aguardavam ver nas telas a historia que originaria toda a trama.
Até que em 2001, a franquia ressurge pelas mãos do competente diretor e produtor de cinema Tim Borton que modernizou sem deixar de lado todo o trabalho visual criado nos primeiros filmes e series, apesar de ter modificado alguns aspectos do roteiro original, mas nada que prejudicasse a historia.
Mas o grande salto da nova franquia viria mesmo em 2011 com a direção de Rupert Wyatt e roteiro da competente dupla Amanda Silver e Rick Jaffa intitulado aqui no Brasil de Planeta dos Macacos – A Origem, onde seu enredo similar ao quarto filme da série original, Conquest of the Planet of the Apes, de 1972, não é exatamente uma refilmagem direta, na medida em que não se encaixa na continuidade da primeira franquia, mas consegue inteligentemente criar um start para o que viria a partir desse longa e para quem gosta de um bom filme, é um prato cheio.
No filme Planeta dos Macacos – A Origem, Will Rodman (James Franco) é um cientista, que na procura de uma cura para o mal de Alzheimer (incentivado por seu pai possuir essa doença), cria uma droga chamada ALZ-112. Mas o efeito curto, e depois de algum tempo o corpo consegue produzir anticorpos que acabam com o efeito do ALZ-112. O efeito desse vírus é completamente diferente nos símios causando uma neurogênese, amplia o QI dos símios.
Neste ponto da historia surge Cesar o macaco que dá origem as modificações que irão levar os macacos a outro patamar na evolução da vida na terra.
César começa a se questionar se ele é um membro da família ou apenas um animal de estimação. O pai de Will começa a reapresentar sinais de Alzheimer, e após uma confusão com a vizinhança, César tenta defendê-lo de um perigo iminente (na concepção de César) que era o vizinho. César é mandado para um abrigo para macacos chefiado por John Landon (Brian Cox) e seu filho Dodge Landon (Tom Felton). Lá percebe os maus tratos e o verdadeiro comportamento humano perante sua espécie e é onde decide mudar a situação dos símios.
Paralelamente, na busca de uma cura definitiva para a doença de seu pai, Rodman desenvolve uma nova versão do vírus com a intenção de que o composto chegue mais rapidamente ao cérebro, o ALZ-113. Porém o resultado dessa experiência é um vírus que torna os símios mais inteligentes, mas que tem efeito oposto em humanos. Esse composto é roubado por César, que foge do abrigo, mas volta com o ALZ-113 e distribui para seus coespécimes.
Assim, os símios fogem do abrigo, e vão para a cidade em direção ao parque das sequoias, tendo que atravessar a Golden Gate, onde acontece a luta principal entre humanos e símios. Ao final do filme, o cientista Will Rodman consegue alcançar César, já no parque das sequoias, e despede-se do chimpanzé estupefato, pois ao abraçá-lo César consegue falar: "Caesar is home.", ou "César está em casa", em português.
O vírus se espalha no final do filme, demonstrando que são os símios quem herdarão o planeta Terra. Durante o filme, é constantemente apresentada uma expedição à Marte, que se perdeu no espaço. É presumível que seja essa expedição que dará origem ao filme original
Mas é na continuação Dawn of the Planet of the Apes (no Brasil, Planeta dos Macacos: O Confronto) que a historia tem seu ápice dramático, onde realmente percebemos que Planeta dos Macacos ressurge forte e se apresenta de fato uma historia sem fim para o que acreditamos ser uma obra de arte cinematográfica de peso único.
Dirigido por Matt Reeves o filme mostra o mundo dez anos após os eventos do filme anterior, César (Andy Serkis) e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes liderado por Dreyfus (Gary Oldman) deseja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm (Jason Clarke), que conhece bem como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir que o confronto aconteça.
Neste novo filme a critica especializada se rende ao roteiro e a competente produção que mostra um mundo a beira de um caos par aos humanos e de um amanhecer forte e repleto de oportunidades para os macacos liderados por Cesar.
Isso mostra que Planeta dos Macacos diferente de outros enredos cinematográficos baseados ou inspirados em livros é maior que o seu idealizador e tem vida própria, isso é inegável, exemplo do que é uma verdadeira obra de arte viva.
Mas não devemos nos esquecer de que Planeta dos Macacos é uma critica a nossa sociedade egoísta e repleta de erros que acreditamos serem acertos e isso não foi ou será apagado, pois é esse o mote que Pierre Boulle deixou de legado em seu livro que nos encanta a mais de 4 décadas.
É isso aí galera, até mais.
Por Fabio Del Porto
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